Comandante da 1ª expedição oficial do Brasil à Antártida morre aos 87 anos no litoral de SP

Fonte: G1 SANTOS

Adilson Luiz Gama foi o comandante do navio oceanográfico Professor Wladimir Besnard, da USP, na primeira expedição oficial do Brasil ao continente antártico, em 1982.

Comandante da primeira expedição oficial do Brasil à Antártida morre aos 87 anos em Santos — Foto: Arquivo Pessoal

Comandante da primeira expedição oficial do Brasil à Antártida morre aos 87 anos em Santos — Foto: Arquivo Pessoal

Adilson Luiz Gama, de 87 anos, morreu nesta quinta-feira (11), em Santos, no litoral de São Paulo, após lutar contra um câncer de próstata. Ele foi o comandante do navio oceanográfico Professor Wladimir Besnard, da Universidade de São Paulo (USP), na primeira expedição oficial do Brasil à Antártida, em 1982.

De acordo com o divulgado pela USP, o navio foi batizado em homenagem ao russo-francês Wladimir Besnard, cientista trazido ao Brasil pelos fundadores da universidade para organizar e dirigir o Instituto Oceanográfico em seus primeiros 14 anos.

A embarcação realizou a primeira expedição oficial do país à Antártida em 1982, com Gama como comandante. O navio também protagonizou muitas outras expedições científicas brasileiras.

Adilson Luiz Gama comandou o navio oceanográfico Professor Besnard na primeira expedição oficial do Brasil à Antártida — Foto: Arquivo Pessoal

Adilson Luiz Gama comandou o navio oceanográfico Professor Besnard na primeira expedição oficial do Brasil à Antártida — Foto: Arquivo Pessoal

Adilson Luiz Gama era natural do Rio de Janeiro, mas já morava em Santos desde a década de 1960. Segundo informado pela família ao g1, Gama se formou na Escola de Marinha Mercante em 1952. Dois anos depois, se formou como segundo oficial de Náutica. Em 1963, evolui a primeiro oficial de Náutica, e em 1971, a imediato [categoria abaixo à do comandante]. Em 1976, se formou como capitão de Longo Curso.

O posto de capitão foi ocupado por Gama em diversas companhias, além de também ter sido consultor técnico de operações marítimas para agências e companhias de navegação. Depois de aposentado, o comandante também trabalhou na dragagem do Porto de Santos.

"Ele tinha muito orgulho do trabalho que realizava. Nos levou muitas vezes junto com ele para trabalhar, então, acompanhamos muitos de seus desafios. Ele sempre foi muito dedicado às funções que realizava, acreditava no senso de dever, nas obrigações, e foi um grande pai, nosso herói. Todos na rua sempre o chamaram de comandante Adilson", diz o filho Marcelo Gama, de 57 anos.

Adilson Luiz Gama deixa esposa e quatro filhos. O velório dele é realizado nesta quinta-feira, das 18h às 22h, na Beneficência Portuguesa. O sepultamento será realizado nesta sexta-feira (12), às 10h, no Cemitério da Areia Branca, em Santos.

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