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Com o apoio do CNPq, Marinha do Brasil (PROANTAR), Armada Chilena e outras universidades, o projeto BECOOL (Conexões bentônicas em altas latitudes do hemisfério sul; em inglês, BEnthic COnnections Of high southern Latitudes) estudará os efeitos das mudanças climáticas na fauna bentônica antártica e nas suas conexões com o continente sul-americano.
A região da enseada Martel, onde fica a base antártica brasileira Comandante Ferraz possui um registro sólido de dados que apontam uma perda de mais de 10% das geleiras na enseada, evidenciando alterações climáticas na região. Consequentemente, mudanças podem ocorrer na teia trófica, e diante disso estudaremos possíveis mudanças que ocorreram na fauna bentônica antártica nos últimos 20 anos, tentando também prever possíveis cenários futuros.
Além das muitas peculiaridades já conhecidas da Antártica, seu oceano também é único quando comparado ao resto dos oceanos. Em volta de todo o seu continente percorre a corrente mais forte do planeta, formada há mais de 30 milhões de anos atrás, a Corrente Circumpolar Antártica (CCA) pode atuar como uma barreira natural até profundidades maiores que 1.000 metros. Isso provoca um alto grau de endemismo (espécies que ocorrem num único local) na região, pois com exceção de aves e mamíferos, poucos táxons podem ser encontrados dentro e fora do Oceano Austral.
Algumas larvas podem se aproveitar do fluxo da CCA para se dispersarem, assim ela também pode atuar como um elo que conecta espécies de diferentes oceanos. Algumas espécies encontradas durante o projeto BioSuOr foram também encontradas no também no Oceano Pacífico Nordeste, o que intrigou a equipe do laboratório. Por isso, neste novo projeto buscamos entender a conectividade entre esses dois oceanos através de espécies que habitam substratos orgânicos no mar profundo. Isso possibilitará determinar padrões biogeográficos globais e mecanismos evolutivos das espécies que habitam esses substratos.
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Avaliação da Biologia e Geoquímica de Exsudações de Óleo e Gás na Costa Sudeste do Brasil
(em inglês: Biology and Geochemistry of Oil and Gas Seepages, SW Atlantic - BIOIL)
A margem continental brasileira é pontuada por uma série de feições geomorfológicas que evidenciam a presença de óleo e gás, que podem ser naturalmente liberados para a coluna d’água, permitindo a formação de ecossistemas movidos pela energia obtida a partir destes compostos. Tais ecossistemas são denominados exsudações frias (ou cold seeps, em inglês) (Figura 1). Parte dos organismos que ali vivem são capazes de fixar carbono a partir de processos químicos, utilizando hidrocarbonetos e sulfetos como fonte de energia, de forma independente da luz solar, um processo conhecido como quimiossíntese.
- Figura 1. Diagrama de uma comunidade típica de exsudações frias. A comunidade é totalmente dependente
- da água rica em hidrocarbonetos e sulfetos que flui da exsudações fria. Fonte: LAMP.
As exsudações frias são palcos para novidades evolutivas, pois muitas espécies ficaram dependentes desse sistema, tornando-se altamente especializadas tanto no consumo de carpetes microbianos como na simbiose com produtores primários quimiossintetizantes. A semelhança da biota com aquelas de habitats cognatos, como fontes hidrotermais e ilhas orgânicas, sugere que esses ambientes poderiam compartilhar suas histórias evolutivas (Figura 2).
- Figura 1. Comunidades típicas de exsudações frias. A) carpete microbiano que sustenta uma gama de invertebrados marinhos pastadores;
- B) centenas de caranguejos-yeti sobre bancos de mexilhões; C) visão geral de bancos de mexilhões e tubos de poliquetas siboglinídeos;
- D) poliquetas siboglinídeos tubícolas típicos de exsudações, gênero Lamellibrachia. Fonte: Marum, University of Bremen
- Mar da Arábia, 1.470 metros de profundidade.
Este é um projeto multidisciplinar e inovador, desenvolvido pelo LAMP em parceria com a Shell Petróleo Brasil LTDA, e com outros laboratórios do IOUSP (LAMA, LECOM, LABQOM e LARADOB). Através da combinação de diferentes técnicas, incluindo mapeamento geomorfológico, análise cromatográfica e ferramentas morfológicas e moleculares de última geração, pretende-se descobrir e detalhar ecossistemas de exsudações na margem continental sudeste brasileira. A avaliação da diversidade de espécies e a estrutura das comunidades quimossintetizantes do Atlântico Sul serão essenciais para entender como se relacionam com outras exsudações no mundo, sob uma perspectiva ecológica e evolutiva.
iAtlantic
iAtlantic (Avaliação Integrada dos Ecossistemas Marinhos do Atlântico no Espaço e no Tempo)
O iAtlantic é um programa de pesquisa multidisciplinar que busca avaliar a saúde dos ecossistemas de mar profundo e de mar aberto em toda a extensão do Oceano Atlântico. Este projeto adotará uma abordagem em todo o oceano para entender os fatores que controlam a distribuição, a estabilidade e a vulnerabilidade dos ecossistemas de mar profundo. O trabalho abrangerá toda a escala da bacia do Atlântico, da ponta da Argentina, no Sul, à Islândia, no Norte, e da costa leste dos EUA e Brasil às margens ocidentais da Europa e África. O ponto central do sucesso do projeto é a colaboração internacional entre cientistas em toda a região do Atlântico, com o compartilhamento de conhecimentos, equipamentos, infraestrutura, dados e pessoal colo cados na vanguarda da abordagem do iAtlantic.
DECODE
Os corais estão entre os organismos mais emblemáticos do meio marinho, muitas espécies deles são capazes de construir enormes recifes, especialmente em águas rasas e quentes. Porém no mar profundo, onde a temperatura geralmente é mais baixa, existem mais espécies de corais do que no raso, e algumas delas também são capazes de construir ambientes recifais.
Os corais de águas profundas são azooxantelados e demoram muito mais tempo para crescerem, portanto são organismos mais suscetíveis à distúrbios, como, por exemplo, a pesca de arrasto. Outras causas de distúrbios podem ser a indústria de óleo e gás ou até as mudanças climáticas. A indústria de óleo e gás pode trazer efeitos negativos através de acidentes com derramamento de óleo ou então com o descarte de rejeitos de perfurações de poços. Enquanto as mudanças climáticas podem alterar a acidez dos oceanos e aumentar a dissolução do carbonato, impossibilitando os corais de formarem seus esqueletos de calcário. Mais detalhes sobre estes fantásticos organismos que ocorrem no Brasil podem ser lidos no site da rede CoralProf, construído recentemente dentro deste projeto.
Grande diversidade de corais de águas profundas encontrados na Bacia de Santos
Este projeto do LAMP é fruto de uma parceria com a PETROBRAS. Nele os principais focos de estudo é no estudo da distribuição, estrutura e dinâmica das comunidades de corais de águas profundas da Bacia de Santos e Campos, e també a criação de uma plataforma para compartilhamento de dados sobre estes ambientes coralíneos. Para isso utilizaremos veículos submersíveis, um observatório submarino e um moderno laboratório para análises das imagens.
Marine E-Tech
Localizada à aproximadamente 1300 km da costa brasileira a Elevação do Rio Grande é um soerguimento geológico na planície abissal do Oceano Atlântico Sudoeste. Alguns cientistas acreditam que antigamente essa feição um continente emerso que passou a afundar com a abertura do Oceano Atlântico que dividiu os continentes africano e sul-americano.
Imagem retirada do Google e editada para destacar a região da Elevação do Rio Grande.
Hoje essa região é de grande interesse comercial e científico, devido ao seu potencial para a mineração de elementos raros que são essenciais para diversos tipos de tecnologias. Os métodos para a retirada desses minerais devem causar consequências para os organismos que vivem nessa região, portanto é necessário o estudo da biodiversidade desse local. O objetivo do LAMP nesse projeto é caracterizar as comunidades bentônicas da Elevação do Rio Grande e comparar essas comunidades a partir de dados ecológicos e fatores ambientais, visando a criação de áreas ambientais protegidas.
Mapa da ERG mostrando as diferentes feições existentes no local.
Esse é um projeto financiado pela FAPESP e o LAMP ainda está produzindo seus resultados.